A EDUCAÇÃO INFANTIL NA CONTEMPORANEIDADE

Historicamente foram criadas e promulgadas leis para assegurar os direitos da criança a educação infantil.

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sábado, abril 30, 2011

Plano de aula

Água, muita água
Planejamento para eixo de matemática – Grupo 3 de Educação Infantil.

 Grupo 3

Título: Água, muita água
Âmbito: Conhecimento de mundo
Eixo: Matemática

Objetivo:
- Utilização de noções de quantidade e de espaço em jogos e brincadeiras.
- Manipulação e exploração de objetos e brinquedos. Propor situações organizadas de forma que existam quantidades individuais suficientes de objetos e brinquedos para que cada criança possa descobrir as características e propriedades principais destes e suas possibilidades associativas como transvasar.

Material:
- Bacias com água – sugere-se uma para cada trio de crianças.
- Recipientes plásticos de diferentes tamanhos, como: copo, potes, garrafas pequenas, baldes de praia.

CORRIGIR OU ACEITAR – O ERRO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO?

Uma das maiores dúvidas quando se fala em alfabetização, é sobre o papel do erro neste processo. O que fazer? Como lidar com tentativas frustradas de escritas? Corrigir ou aceitar?
 

Partindo do princípio de que o erro é um processo de construção, que a criança só erra porque busca o acerto, devemos ter em mente que ele é fator fundamental no processo de aprendizado. Se a criança copia por copiar, cometerá erros referentes à falta de atenção, por não identificar uma ou outra letra, mas quando o erro é fruto da construção espontânea, onde mais do que codificar ou decodificar um símbolo, é o entendimento e a expressão de uma idéia o que se busca, o erro acontecerá com mais freqüência. Devemos, então, observar em primeiro plano, o nível de aquisição da escrita em que a criança se encontra, pois cada nível possui suas particularidades e erros comuns a esta etapa.
 

A correção é importante, cada vez que a criança repete o erro, pois o considerando como a opção certa, estamos permitindo que a realização deste exercício motor, reforce a escrita incorreta no processo mental. Logo, é natural a criança reproduzir na escrita espontânea, aquilo que escuta quando fala (Kasa para casa), no entanto, reforçar este modelo, não contribuirá para a escrita correta. A melhor alternativa, seja em qual for a etapa em que a criança se encontra, é criar um conflito, para que ela elabore novas hipóteses para a escrita da mesma palavra.
 

Na escrita espontânea, a criança por si, se dá conta de que há um erro, com isso, busca frequentemente o auxílio do educador para mostrar o que escreveu. Quando damos um elogio para um erro, além de reforçar a escrita incorreta, corremos o risco de cair no descrédito, pois a criança se dá conta que não é preciso escrever da forma correta e, logo, deixará de buscar o auxílio do educador.
 

Há várias formas de fazer uma intervenção, seja com questionamentos ou apenas mostrando a criança como se escreve. Ter em sala alfabeto móvel e outras formas de visualização deste recurso, favorece a observação e a comparação da produção espontânea, com a forma correta de escrever. . Por isso, nesta fase de alfabetização, os exercícios que favorecem noções topológicas, desenvolvem a motricidade e a lateralidade, colaboram tanto para a escrita correta de palavras.
 

Conclui-se então, que observando uma criança  vemos que ela aprende a engatinhar, a andar, a correr por si mesma, nunca por meio de lições verbais dos adultos, mas muito através da necessidade e da imitação. A vida da criança é uma sucessão de experiências de aprendizagem adquirida por ela mesma, quando tem a oportunidade de interação. Ao chegar à escola, ela traz consigo infinitas experiências e conhecimentos acumulados, conquistados por meio de exploração visual, auditiva, jogos, brincadeiras, conversas, passeios, contatos, brinquedos, que influenciarão no processo de aprendizagem.
 

No processo de aprendizagem da leitura e da escrta, a criança defronta-se com um mundo cheio de atrações (letras, palavras, frases, textos) e se engajará neste mundo muito mais facilmente se puder participar integralmente dele e se o processo for transformado num grande ato lúdico (participativo, inteligente, prazeroso), em oposição ao ato técnico (estático, repetitivo, mecânico) muito próprio das escolas. Portanto, podemos perceber a necessidade de se relacionar o processo de alfabetização com o lúdico, na forma de jogos e brincadeiras, que despertam o interesse e arrebatam a atenção das crianças, tornando este processo recheado de significado.

Plano de aula

NÚMEROS GRANDES PARA OS PEQUENOS
Faixa etária
4 e 5 anos
Conteúdo
Matemática
Objetivos
 Registrar números.
Aprender a escrita numérica.
Conteúdo
Sistema numérico.
Tempo estimado
30 minutos, diariamente.
Materiais necessários
Tabela numérica, jogo de percurso com dois dados, objetos para colecionar ou materiais escolares.
Desenvolvimento
Atividade 1
Entregue uma folha em branco para cada criança anotar os números que você ditar da forma como acha que são. Se uma olhar a do colega, apenas anote que copiou. Se achar que duas produções ficaram muito parecidas, chame os autores e pergunte com tranqüilidade se eles fizeram juntos. Escolha números com diferentes características para o ditado.
 "Opacos": aqueles que não explicitam, em sua forma oral, o princípio aditivo e multiplicativo do sistema de numeração: do 1 ao 15.
Redondos: 10, 20, 50, 90, 100, 1000.
Os que explicitam as relações aditivas e multiplicativas: 86 (80 mais 6), 134 (100 mais 30 mais 4) 100 000 (100 vezes 1000).
Familiares: os de uso social freqüente, que aparecem nas notas de real (100, 50, 20, 10, 5, 2 e 1), moedas (25) e datas (2006, 2007).
Os que podem ser compostos com base em outros já ditados: 150 (se você já ditou o 100 e o 50).
Com algarismos iguais: 555, o que pode levar os pequenos a fazer algum tipo de variação na escrita dos algarismos em função de seu valor posicional (500505).
Os que são formados pelos mesmos algarismos de outro já ditado, porém invertidos: 52 e 25.
Repita essa atividade várias vezes.
 Atividade 2
Fixe uma tabela numérica na parede. A seqüência pode ser organizada de 10 em 10 (do 1 ao 10 na primeira linha, do 11 ao 20 na segunda etc.) para facilitar a identificação das regularidades. Escreva os números com traços simples, sem desenhos. Ela deve ser consultada quando for preciso lembrar a escrita ou recordar a série. Para estimular o uso, sugira que os pequenos escolham um número e recitem todos os outros até chegar nele, quando param de contar e tentam escrevê-lo. Outra opção é pedir que as crianças façam uma consulta quando não souberem nomear um algarismo. Também nesse caso elas contam sobre a tabela até encontrar a escrita desejada e descobrir o nome.
 Atividade 3
Sugira um jogo de percurso, em que a garotada percorre uma trilha com base no número que tirou em um dado. Utilize dois dados para que a turma passe da contagem quando o pino anda a quantidade de casas correspondente ao que saiu em um dado para a sobrecontagem: ao tirar 5 e 3, em vez de contar os pontos, um a um, o jogador aprende que é mais rápido partir do dado que traz o maior número e adicionar os pontos do outro, completando 6, 7 e 8.
Avaliação
Observe os avanços e mude os desafios à medida que as crianças forem chegando mais facilmente às respostas corretas.

sexta-feira, abril 29, 2011

PROJETO DE HISTÓRIA

TEMA:  ERA UMA VEZ NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 JUSTIFICATIVA:
A aprendizagem da linguagem oral é sem sombra de dúvidas, um dos elementos primordiais para que as crianças ampliem suas possibilidades de inserção e participação na sociedade. Sendo assim o trabalho com a oralidade torna-se um dos eixos básicos do trabalho na educação infantil, dada a sua importância para a formação do sujeito, para a interação com as outras pessoas, na construção de conhecimentos e no desenvolvimento do pensamento.   Portanto podemos dizer, que a ampliação de suas capacidades de comunicação oral ocorre gradativamente, por meio de um  processo de idas e vindas que envolvem tanto a participação nas rodas de conversas, em situações de escuta e reconto de histórias e de canto de músicas. Por isso, o educador deve contar histórias, criando e proporcionando um clima afetivo e de aproximação entre as crianças.  A literatura infantil valoriza a fantasia, o lúdico e a expressão dos sentimentos. É através do conto que ela constrói um mundo de idéias abstratas e vivencia experiências que enriquecem o seu conhecimento real e alimenta sua imaginação com elementos da fantasia. O trabalho com a literatura infantil possibilitará  e enriquecerá esse trabalho de desenvolvimento da oralidade, imaginação e fantasia dessas crianças.

OBJETIVO GERAL: 
Incentivar o gosto por ouvir histórias através do contato com diversos gêneros literários, despertando a imaginação, a fantasia e ampliando gradativamente seu vocabulário e sua oralidade.

OBJETIVOS ESPECIFICOS:
Interessar pela leitura de histórias e manusear livros de literatura infantil; Fazer leitura de imagens (gravuras); Recontar histórias ouvidas; Identificar personagens principais; Trabalhar a linguagem escrita através da oral; Desenvolver a oralidade; conhecer alguns gêneros literários (contos de fadas, fábulas, lendas...); Ter livre acesso ao cantinho da historia, manuseando e realizando leitura espontânea das histórias.
METODOLOGIA:   
O trabalho com a literatura infantil além de  contribuir  para a formação de bons leitores, representa para algumas crianças a única oportunidade de ler e entrar em contato com esse universo infindável que o da leitura. O professor deve ainda procurar conhecer com absoluta segurança  o enredo e ater-se ao vocabulário, procurando adequá-lo à capacidade de compreensão de seus alunos, trabalhar a dicção, o volume e a tonalidade da voz nas imitações dos personagens e caprichar nas expressões corporais e faciais. Leitura de histórias, histórias cantadas, fábulas, contos populares e lendas, ginástica historiada e contos diários.

 RECURSOS MATERIAIS: 
livros de histórias, fantoches, cds, aparelho de som, vídeo, gravuras, cartazes, fantasias e outros.

RECURSOS HUMANOS:  
 Estarão envolvidos neste projeto  todos os alunos do grupo misto 2 e a educadora Hélia. AVALIAÇÃO: Através de observações constantes dos alunos, observando os aspectos mais significativos do desenvolvimento das crianças dentro da área cognitiva, psicomotora, social e afetiva. A observação deve abranger os seguintes pontos: ouve histórias, é capaz de fazer o reconto,conta e reconta uma história vivencias e fatos observados com seqüência lógica, identifica e nomeia personagens principais.

DURAÇÃO: 3 meses

quinta-feira, abril 28, 2011

Sexualidade! Bicho de sete cabeças ?

 Discutir sobre sexualidade sempre foi considerado pelos pais um algo difícil de realizado um “bicho de sete cabeças”, sobretudo quando os pequenos fazem aquelas perguntas desconcertantes como, por exemplo: a respeito de suas origens, de seus órgãos genitais ou sobre questões que vêem na televisão sobre sexo, de certa forma, atualmente esse tema já faz parte do cotidiano de suas vidas e da sociedade nos tempos atuais. Hoje em dia, ficou mais fácil de falar sobre o assunto. Nos berçários, creches, escolas a socialização começa cedo.

As questões sobre sexo, sexualidade e reprodução humana sempre provocam constrangimentos para os pais, seja por desinformação, por preconceitos, por medos, por princípios filosóficos ou religiosos ou, até mesmo, por simples falta de tempo para conversar com seus filhos. As perguntas das crianças são negligenciadas e as respostas são evasivas do tipo: Agora não, ainda não é hora ou você é muito pequeno para entender.
O trabalho sobre educação sexual com as crianças deveria começar na família e se fundamentar na escola. Para que isso ocorra é necessário uma interação realizar uma parceria com a família, que deve ser informada ou quem sabe até educada para compreender determinadas questões sobre a sexualidade como um impulso presente em todos os estágios do desenvolvimento humano. O docente, para se tornar um “educador sexual”, deve trabalhar interiormente as questões relacionada à sexualidade, livrando-se de preconceitos, superando os tabus. Ser um pesquisador sempre, para ser um bom orientador e formador de opiniões e valores. Sendo assim para a realização de um bom trabalho sobre a temática educação sexual na escola, é importante que toda a equipe pedagógica esteja em sintonia e preparada. 

Segue abaixo matérias, cuja leitura em conjunto de informações importantes e também esclarecedoras. Nestes livros, você encontrará algumas orientações básicas sobre o trabalho de orientação sexual além de diretrizes práticas e funcional para a ação em sala de aula. Desenvolvidos facilitar a abordagem do assunto, de forma simples, objetiva e adequada, com algumas atividades relacionadas com o tema.

Boa leitura.

  •  Descobrindo e Conversando: a criança e a sexualidade para baixar clique aqui.
  • Guia do Professor: para crianças de 0 a 10 anos para baixar clique aqui.
  • De onde viemos para baixar clique aqui.
Projeto
Orientação Sexual 

Faixa etária
4 e 5 anos 

Conteúdo
Identidade e autonomia

Objetivos
- Envolver professores e pais no trabalho de orientação sexual dos estudantes.
- Desenvolver nos alunos o respeito pelo corpo (o próprio e o do outro).
- Refletir sobre diferenças de gênero e relacionamentos.
- Dar informações sobre gravidez, métodos anticoncepcionais e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
- Conscientizar sobre a importância de uma vida sexual responsável.

Anos
Este projeto pode ser adaptado para todo o Ensino Fundamental.

Desenvolvimento
1ª ETAPA
Preparação da escola e da comunidade:

Capacitação da equipe - Professores e funcionários devem estar preparados para lidar com as manifestações da sexualidade de crianças e jovens. Um curso de capacitação sobre os principais temas (como falar e agir com crianças e adolescentes; prazer e limites; gravidez e aborto; DSTs etc.) é o mais indicado. Além disso, os formadores podem ajudar a identificar os conteúdos das diversas disciplinas que contribuem para um trabalho sistemático sobre o tema.

Envolvimento dos pais - Faça uma reunião com as famílias para apresentar o programa. Aproveite para falar brevemente sobre as principais manifestações da sexualidade na infância e na adolescência.

Formação permanente - Organize um grupo de professores para estudar temas ligados à sexualidade e discutir as experiências em sala de aula.

2ª ETAPA
Da pré-escola , o trabalho em sala de aula exige atenção do professor às atitudes e à curiosidade das crianças, pois são elas que vão dar origem aos debates e às atividades propostos a seguir.

Pré-escola
Diferenças de gênero - Baixar a calça e levantar a saia são sinais de curiosidade. O livro Ceci Tem Pipi?, de Heloisa Jahn e Thierry Lenain, explora as diferenças físicas e comportamentais entre meninos e meninas. Pergunte quem tem pipi. E quem não tem? Tem o quê? Diga que a vagina é o "pipi" das meninas. Estimule o debate sobre o que é ser menino e menina, levantando questões como: uma garota pode subir em árvores? Escreva as respostas no quadro e converse com a turma.

O corpo e o prazer - É normal que os pequenos toquem os genitais para ter prazer e conhecer o próprio corpo. Proponha a descoberta de outras formas de satisfação na escola, como brincar na areia e na terra ou com água. Deixe-os explorar esses elementos no parque e incentive-os a falar sobre o que sentiram e sobre as partes do corpo que dão prazer, inclusive o pênis e a vagina. Diga que é normal tocá-los, mas que essas são partes íntimas e, portanto, não devem ser manipuladas em locais públicos. Finalize lembrando-as das outras maneiras de ter prazer na escola.

Relação sexual - Caso uma criança tenha visto uma cena de sexo na TV, certamente comentará com os colegas. O livro A Mamãe Botou um Ovo, de Babette Cole, relaciona sexo, concepção e nascimento. Todos sabem como nasceram? Levante as dúvidas e comente que sexo é coisa de adultos. Mostre bonecos que tenham pênis e vagina e deixe a garotada explorar as diferenças.

Gravidez - Se alguma professora ou alguém próxima à garotada estiver grávida, certamente a turma ficará curiosa. Fale sobre o desenvolvimento do bebê, desde a concepção até o nascimento (cartazes ajudam muito). Uma música boa para tocar é De Umbigo a Umbiguinho, de Toquinho. Explique o processo físico de evolução, ouça as perguntas e responda-as de forma simples e direta.

Retirado da revista nova escola




 

quarta-feira, abril 27, 2011

Celso Antunes - Glossário de Bolso (a) Para Educadore(a)s

Para baixar o livro clique aqui.

180 Atividades para Educação Infantil












Para baixar Clique Aqui.

O PAPEL DO EDUCADOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

            Grande parte dos professores da escola comum afirma não estar preparada para trabalhar com pessoas portadoras de deficiências e com pessoas com necessidades educacionais especiais. Outros professores não estão abertos a esta preparação ou não querem aprender, afirmando que existem professores especializados em educação especial.
            O papel do professor é se fazer especializado em aprendizagem e dominar o “especial” necessário para que o comum da aprendizagem aconteça na rotina da escola para todos, com respeito às diferenças individuais. O professor, portanto, não deverá transferir toda a responsabilidade do processo de aprendizagem dos alunos com necessidades especiais, para as mãos dos médicos, psicólogos e terapeutas, mas realizar um trabalho em parceria com estes profissionais.

terça-feira, abril 26, 2011

ORIENTAÇÕES PARA OS PAIS - SÍNDROME DE DOWN

A família e o bebê com Síndrome de Down




Por Fernanda Travassos-Rodriguez

Muitas vezes, costumo dizer que o nascimento do bebê com Síndrome de Down consiste em um golpe narcísico para seus familiares.  Isto porque o nascimento de qualquer criança no seio familiar é sempre esperado com muita expectativa, visto que os sonhos ainda não realizados pelos membros da família frqüentemente são projetados para este bebê ainda por nascer, às vezes, antes mesmo da gravidez.  Quando qualquer criança nasce, os pais devem realizar um luto entre o bebê idealizado e o bebê real, aquele que chora, sente fome ou cólicas de sua maneira particular e, portanto, este período se caracteriza pela adaptação dos pais ao bebê.  No entanto, quando o bebê nasce com a Síndrome de Down acredito que os pais tenham uma “sobrecarga” em termos elaborativos deste período de luto e adaptação.  

Como o bebê com Síndrome de Down é um bebê inesperado, pois os pais planejam a gestação sonhando com uma criança “perfeita” e pronta para realizar tudo que eles próprios não foram capazes, o processo de luto e adaptação é mais difícil e doloroso. A família tem que entrar em contato com um mundo cheio de novas informações e cada pessoa em particular, por causa da sua própria história de vida, tem mais facilidade ou dificuldade em lidar com este tipo de questão.  A representação formada imaginariamente pelos pais e outros familiares do bebê com Síndrome de Down vai variar muito em função dos seus próprios (pré) conceitos acerca da síndrome e da sua experiência em lidar com as diferenças.

Considero o suporte psicológico a família essencial, apesar de raramente ser realizado em instituições e clínicas no Brasil, pois logo após o nascimento os pais e o bebê (tenha ele a Síndrome de Down, ou não) vão engajar-se emocionalmente com o filho construindo um ritmo de troca comunicacional não verbal que formará os vínculos familiares e será um importante precursor da linguagem e da saúde mental do indivíduo em formação.  Tudo isso fica complicado no nascimento do indivíduo com a Síndrome de Down, visto que a via de formação dos vínculos encontra-se nitidamente perturbada.  Os pais estão, na maioria das vezes, perplexos e tal estado não permite o engajamento com o filho e o bebê com Síndrome de Down também, por questões neurofisiológicas, possui um potencial mais baixo para este engajamento, visto que é mais lento nas suas interações, solicitando menos a resposta de cuidados dos seus pais.  Este movimento de mão dupla que precisa ser ajustado em todos os núcleos famliriares com bebês, às vezes, fica muito descompassado e sem ritmo.  Isto prejudica o engajamento dos membros da família e este movimento tende a amplificar através do tempo, reforçando as respostas de afastamento entre as partes, e por isso digo que a família está em risco.

Como se pode ver questões fundamentais ligadas ao próprio desenvolvimento do bebê estão em jogo neste início de relação e muitos profissionais ficam surpresos com este tipo de informação, pois o que assistimos, com maior freqüência após o nascimento do bebê trissômico é uma corrida aos médicos em função dos possíveis problemas clínicos do bebê, e uma corrida a estimulação precoce em função apenas da dificuldade motora do bebê em conseqüência da hipotonia.  Poucos profissionais lembram da importância do trabalho do especialista “psi” neste momento.  Portanto, os pais ficam relegados a um segundo plano, pois não se oferece nenhum tipo de suporte a eles.  No entanto, eles precisam mais do que tudo serem escutados, acolhidos e ter um espaço para deixar fluir todos os tipos de sentimento que emergem neste contexto, já que sabemos que uma espécie de tristeza crônica velada pode acometer tais famílias reduzindo a qualidade de vida de todos os seus membros com amplas conseqüências.

O suporte a família que proponho , “Síndrome de Down: da estimulação precoce do bebê ao acolhimento precoce da família”, inclui diferentes tipos de abordagem, pois o trabalho com a família é pensado a partir do seu próprio contexto.  No entanto, este cuidado é indicado desde que o diagnóstico do bebê é realizado, seja intra-útero ou no momento do nascimento, e é desejável que futuramente se dê em conjunto com a equipe que realizará a estimulação precoce da criança.  As principais modalidades de trabalho sugeridas aos pais funcionam com sessões de apoio e orientação no início, tornando-se sessões de terapia familiar ao longo do processo para os que se engajam no processo.  Essas sessões algumas vezes incluem o bebê para que se possa ver e trabalhar a dinâmica da família na presença do mesmo. A possibilidade de acompanharmos o trabalho de estimulação precoce em conjunto também enriquece o trabalho, pois resgata a competência parental, muitas vezes “soterrada” pelas inúmeras prescrições de tarefas por parte das equipes, mas isso nem sempre é possível.  Também, privilegiamos o contato dos pais da criança com outros pais e familiares através de grupos de troca de experiências e tal dispositivo tem se mostrado muito rico e capaz de fornecer uma rede de apoio necessária que poucas vezes está disponível para as famílias.

O psicólogo pode ajudar na relação dos pais com os filhos através de uma psicoterapia que trabalhe os vínculos.  Cada família tem suas histórias, seus mitos, suas regras e seus valores. Precisamos entender um pouco disto tudo dentro de cada sitema familiar para podermos intervir de maneira eficaz.  Pois, com um pouco deste entendimento particular da família podemos inferir o que está perturbando as relações e, então, trabalhar em cima destes conteúdos. É um trabalho muito minucioso e especializado.

ALFABETO.

Ilustrado simples colorido para parede - para educação infantil.

Para baixar clique aqui.

segunda-feira, abril 25, 2011

domingo, abril 24, 2011

Uma bela Historinha para aulas.




O ELEFANTE SEM TROMBA

Um elefante tinha o péssimo costume de botar a tromba onde não era chamado: não podia ver um buraco no chão, numa árvore, numa pedra que já ia colocando ali a sua tromba. 


 Os bichos já estavam revoltados com essa atitude do elefante porque além do mais, ele era um grande fofoqueiro e um palpiteiro de primeira. Fazia fofocas sobre todos os bichos:
 provocou uma briga entre a onça e o macaco dizendo que a onça tinha dito que iria lhe arrancar a pele.
 
Causou uma briga entre o gambá e a raposa dizendo que a raposa tinha dito que ela era prima dele, mas que não suportava o seu cheiro.
 
 Conseguiu romper a velha amizade do galo com a lebre dizendo que o galo tinha dito que por causa dela logo passariam fome, porque ela só arrumava filhos.
 Causou um grande bate-boca entre o lobo e os coiotes dizendo que eles não caçavam e viviam às custas dele.
 Os animais decidiram fazer uma assembléia para resolver de uma vez por todas o problema.
Arquitetaram um plano que acabaria de uma vez com o feio costume do elefante e as formigas foram escolhidas para realizá-lo.

Certo dia, ao passar pelo formigueiro, o elefante ouviu um grande tumulto.
Curioso como ele só, colocou a sua tromba no buraco do formigueiro e as formigas passaram a picá-la sem dó.
O elefante desesperado e urrando de dor, tentava tirar a tromba do buraco, mas como a união faz a força, as formigas, num grande esforço coletivo, puxavam-na cada vez mais para dentro.
 Puxa daqui, repuxa dali, pica daqui, belisca dali e PUM!
 Lá se foi a tromba!

Ilustrações
Francisco Carlos Bronze
Arte Final
Mara Regina Ferro & Siomara Regina Segolin
Colaboração
Márcia Regina Lopes
Dedicatórias
Para Dane, Ju e Binho com todo o meu amor. (Wal)
Para Cibele, que sempre me incentivou, com carinho. (Chico)

"Mas se tirarmos a tromba a um elefante, nem por isso deixa ele de ser um elefante..." (Rubem Braga, 1948)